quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Crivella apóia carnaval carioca

O pré-candidato à Prefeitura do Rio foi recebido no barracão da Mocidade por Paulo Vianna e Alberto Ahmed



O barracão do Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, na Cidade do Samba, recebeu na tarde de ontem, o senador Marcelo Crivella, onde juntamente com o presidente da escola, Paulo Vianna, e o vicepresidente institucional da agremiação, Alberto Ahmed, foram apresentados os preparativos para o carnaval 2008, pelo carnavalesco Cid Carvalho.


A Mocidade leva para avenida o samba-enredo "O Quinto Império: de Portugal ao Brasil, uma utopia na história", ano em que completa duzentos anos da chegada da Família Real no Brasil.

— A história é belíssima, retrata a renascimento do Brasil. Esse resgate é muito oportuno como uma expressão popular — disse o senador Marcelo Crivella.
Samba na campanha.

Mas, a relação do pré - candidato a prefeito do Rio pelacoligação PRB - PTdoB, com o ritmo do samba e com a escola de Padre Miguel é antiga.

Ele lembra que já utilizou em sua campanha política a música em ritmo de samba, gravada na voz de Paulinho da Mocidade "Olha o Crivella aí gente...". Além de ter sido o primeiro evangélico a cantar música de samba gospel, tendo, inclusive gravado alguns CDs.

— O carnaval é a maior festa popular do mundo, que gera emprego e é uma oportunidade que o povo brasileiro possui para mostrar a sua criatividade, em que sempre fazem o melhor. Além de ser uma verdadeira lição para o Brasil, mostrando os artistas, talentosos e harmoniosos, na bateria e com enredos belíssimos — ressaltou.

Confirmado na Sapucaí

Se for eleito prefeito do Rio de Janeiro, garante que estará presente na Marquês de Sapucaí prestigiando o trabalho de milhares de pessoas que estão o ano inteiro na batalha para proporcionar a milhões um grande espetáculo.

— Primeiro o samba não morre, porque é uma cultura. Ele se cria dia-a-dia, é a cultura do talento. Vamos respeitar e incentivar, pois se torna uma expressão da paz e alegria. O que não vamos e nem podemos respeitar é a violência — frisou.

O encontro foi promovido por Alberto Ahmed, que também é presidente Municipal do PTdoB, e presidente do Jornal Povo do Rio, com o objetivo de introduzir o senador Crivella no samba e no carnaval. No encontro, estiveram presente a rainha da bateria, Thatiana Pagung e os compositores Igor Leal e Gustavo Henrique.

Carnaval sem dengue

Cerca de 40 agentes de saúde participaram na tarde de ontem uma vistoria de combate a dengue, no Sambódromo, atuando na parte externa, nos arredores, como nas casas das comunidades próximas e logradouros públicos.

Mauro Blando, o Coordenador de Controle de Vetores, disse que é importante intensificar a visita neste local, para eliminar possíveis focos de dengue.

— No carnaval milhares de pessoas passam por aqui. Os agentes irão vistoriaram desde Campo de Santana a Prefeitura, um trabalho que vem sendo realizado desde 2002 — disse.

O coordenador destacou que a novidade é que os agentes estão levando capas de caixa d' água, para cobrir, se houver focos da dengue.

Segundo ainda ele,os agentes fazem muito mais que vistoria, eles também são educadores, passam dicas de prevenção. Foram 135 depósitos inspecionado e 24 focos eliminados.

Além de cobrirem duas caixas d' água, distribuírem 110 panfletos de orientação para o funcionários que trabalhava no local e colarem 30 cartazes. Hoje ocorrerá mais uma vistoria, principalmente nos arredores do Sambódromo. A segunda etapa acontece nos próximos dias 30 e 31.


Jornal Povo do Rio
17/01/2008
DEFENSORIA PÚBLICA ENCONTRA IRREGULARIDADES NO SOUZA AGUIAR

Sindicato dos Médicos cobra explicações

Uma redução de cerca de 30% do número de leitos e a falta dos craniótomos estabelecidos (equipamento para neurocirurgia), foram os resultados encontrados durante a vistoria realizada, ontem;

Pelo defensor público da União, André da Silva Ordacgy, em companhia do presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
A iniciativa da Justiça Federal teve como objetivo regularizar a situação das emergências nos hospitais públicos.

De acordo com Ordacgy, foram encontradas diversas irregularidades. Além de determinações na liminar que não foram cumpridas, como a redução dos leitos nas enfermarias masculinas e femininas.

E, o setor de emergência, nas salas vermelhas e amarelas, sem capacidade para atender a demanda do setor público.

— Os craniótomos determinados pela sentença, que é um instrumental adequado para cirurgia de cabeça não foram adquiridos ainda, de maneira, que estão utilizando furadeiras elétricas, às vezes manuais. Constam informações da direção do hospital, que a compra do equipamento está em processo de licitação — explicou.
Bruno Gonzalez
Jorge Darze relatou algumas denúncias direcionadas à administração da unidade, e pediu explicações sobre a compra de 30 mil seringas e de materiais hospitalares usados por outras unidades, mas comprados com o dinheiro do Hospital Municipal Souza Aguiar, e a compra de 25 mil capotes industriais, inadequados para a unidade.

— O hospital funciona com um déficit de 1.170 profissionais. Hoje (ontem), o setor amarelo estava com superlotação, pois um local destinado para 14 pessoas, estava com 35 pacientes. Não houve investimento na estrutura do hospital, existe apenas uma ambulância, que trabalha 24h — relatou Darze.

Outra situação descrita por Darze é precariedade do necrotério. As câmaras frigoríficas funcionam de maneira inadequada, abaixo da temperatura, às vezes, com dois corpos em uma única "geladeira". Há casos de corpos que ficam lá mais de 30 dias.

Mais leitos

A liminar da Justiça Federal, expedida pela juíza Lana Maria Fontes Regueira, no dia seis de dezembro, determinava o aumento de leitos no hospital, e a compra dos craniótomos.
O descumprimento da sentença judicial acarretava uma multa diária R$ 500, em cada ente público, que já está correndo desde início de fevereiro, quando expirou o prazo de 30 dias para o cumprimento da liminar.

— A intenção da Defesoria não é deixar a multa acumulando, mas sim pleitear a Justiça Federal a transformação dessa multa em medidas de coerção e se for o caso a prisão dos administradores públicos responsáveis, que não estão solucionando o grave problema da saúde pública — disse Ordacgy.

Vistoria em mais hospitais

Uma nova vistoria, ainda sem data prevista, será realizada nos Hospitais Municipais Miguel Couto, Gávea; Lourenço Jorge, na Barra; Salgado Filho, no Méier e Souza Aguiar, no Centro;

E também no Hospital Federal do Andaraí, Hospital Geral de Bonsucesso. O Jornal POVO do Rio entrou em contato com a Procuradoria do Município, e foi informado de que somente se manifestará na esfera judicial, uma vez que a questão tramita na Justiça.


Jornal Povo

28/02/2008
Boicote ao IPTU do Rio ganha mais adeptosMovimento se tornou uma forma de cobrar da


Prefeitura investimentos para a área residencial do Centro da cidade

Transformar o IPTU em investimento que possa oferecer melhores condições para população, é o que vem sendo defendido por entidades comunitárias de diversos bairros da cidade do Rio de Janeiro.

A Associação de Moradores e Amigos do Centro (Amac) realizou ontem, na Praça da Cruz Vermelha, mais um dia com o plebiscito sobre o boicote ao pagamento do imposto, assim, como o aumento que chegou a mais de 300%.

— Esse movimento se tornou uma forma de cobrar da Prefeitura investimentos para o Centro do Rio, principalmente na região residencial. Um símbolo da região, a Praça da Cruz Vermelha está abandonada, a iluminação é precária, pois 12 lâmpadas estão queimadas, além da falta de limpeza e policiamento — disse Fernando Bandeiras, o fundador da AMAC.

Desde às 8h, faixas e urnas foram espalhadas em pontos diferentes na Praça da Cruz Vermelha, na Feira da Rua Tadeu Kosciusko e outra na André Cavalcante, 126, com a finalidade consultar os moradores sobre pagamento do imposto, e transmitir esclarecimentos, como a isenção do IPTU.

Um abaixo-assinado também foi organizado pela associação, que será encaminhado para o Ministério Público, pedindo uma fiscalização dos recursos do imposto aplicados no bairro.

— É importante que a população participe com seu voto, pois é uma forma de mostrarem que eles correm atrás dos seus direitos e não estão calados — disse a psicóloga, Linda Cristina, de 40 anos.

Segundo a AMAC, o Centro é o segundo bairro que mais contribui com o imposto, e um dos mais abandonados pela Prefeitura. Os moradores estão indignados com a cobrança do imposto que, em média, aumentou 300%, e o desconto da cota única que era de 10% foi reduzido para 7%.

No entanto, lutam pela redução do IPTU e que se torne em um investimento para a população. O plebiscito começou desde a última quinta-feira, no Largo da Neves, em Santa Teresa.

Hoje, estará na Feira da Glória, a partir das 8h. Na sede da AMAC, na Rua do Riachuelo, 191 A, a urnas é fixa. A apuração dos votos, com um ato público, acontece amanhã, na Praça da Cruz Vermelha, às 9h.

Abaixo-assinado pede melhorias

O deputado Dionísio Lins (PP) começa hoje, a colher assinatura para o abaixo-assinado dos moradores dos bairros de Madureira, Vicente de Carvalho, Cavalcanti, Largo do Bicão, Vila da Penha, Cascadura, e Rocha Miranda.

A finalidade do movimento é boicotar o pagamento do IPTU 2008. Morador da região há mais de 15 anos, o parlamentar, disse que evidente o abandono das ruas da maioria dos bairros da Zona Norte.

— É cada vez maior o número de buracos nas ruas da cidade que colaboram para aumentar o índice de acidentes e prejuízo para os motoristas. Não entendo como um prefeito, que administra a cidade através da internet, pretende ser candidato a senador — questiona.

Ainda segundo Dionísio, ele irá à Justiça para receber de volta o IPTU pago no ano passado, já que não viu nenhuma melhoria na qualidade de vida dos moradores da região.

Ele ainda encaminhará um requerimento de informações para a prefeitura, para saber quanto foi arrecadado no ano passado com o IPTU dos moradores desses bairros, e, o mais importante, onde foi aplicado esse dinheiro.


Jornal Povo do Rio
24/02/2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Educação é prioridade

Educação apresenta prestação de contas


Secretaria Estadual fez um balanço das contas deste ano e mostrou suas projeções para 2008


Aprestação de contas das metas da educação deste ano e as projeções orçamentárias para o exercício de 2008, foram às questões em pauta na Audiência Pública, realizada pela Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ontem, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS).

A Comissão convidou o scretário de Estado de Educação, Nelson Macullan, que não pode comparecer por estar participando do Congresso Estadual de Educação.


Mas, representando o Secretário estavam José Roberto Cantarino e Vera Vogoa da Rocha, assessores de Orçamento e Finanças da Secretária de Estado de Educação do Rio.


De acordo com Vera Vogoa, este ano, foi o primeiro ano do Funbed, o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, que permitiu chamar professores concursados de 2004.

— Já sabemos que no ano seguinte teremos um aumento de receita do Fundeb, que tem que ser aplicado na educação, como valorização dos profissionais com um investimento de 60% que serão gastos com salários de professores e 40% gastos em capacitação dos professores — afirmou Vera.

Na reunião, ela relatou também as propostas a serem alcançadas na Educação para o ano de 2008. — As principais metas são: a valorização do professor, aplicação em melhoria das dependências, compra de imóveis alugados, reavaliação de merenda e manutenção, capacitação do profissional — disse.

Ainda segundo Vera haverá a implantação de 30 novas escolas e há a pretensão para compra de no mínimo 10 imóveis alugados. E para este ano, até dezembro, serão comprados quatro prédios alugados.

Na audiência, compareceram representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), a presidente da União dos Professores Públicos no Estado (UPPE), Teresinha Machado da Silva, que deixaram um protesto sobre falta do secretário.

Marcada nova audiência na semana que vem

Segundo Maria Beatriz, do SEPE, apenas 18% dos recursos foram aplicados no 1° semestre, uma vez que deveria ser de 50%, neste período. Ela questiona a ação do governo querer gastar 60 milhões em laptops, tendo um orçamento para o ano que vem de R$ 100 milhões.

— Estamos fechando o ano com falta de professores e alunos sem aulas de algumas disciplinas — finalizou. A Vera Vogoa em resposta a compra de laptops, disse que foi uma proposta do governador, Sérgio Cabral Filho, e não do Secretário de Educação.

Outras questões abordadas foram sobre a municipalização; Projeto Nova Escola e o aumento no salário de professores, que foi prometido para este ano, mas não foi possível alcançar.

— O orçamento de pessoal não é feito pela Secretaria de Educação, mas sim pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), que elabora as folha de pagamento com os dados da Secretária de Educação — disse Vera Vogoa.

O deputado Bittencout, falou sobre a importância da educação e capacitação de professores. Para ele isto é um investimento e não um custo. Uma nova audiência pública acontecerá na próxima quarta-feira.

Jornal Povo
06/12/2007

Olha a chuva!

Forte chuva arrasa bairro da Piedade

Temporal do fim de semana faz Defesa Civil interditar as casas de 14 famílias após deslizamentos

Em decorrência das últimas chuvas fortes que atingiram diversos bairros do estado do Rio de Janeiro, moradores continuaram a sofrer com os incidentes provocados, como falta de luz, desabamentos e deslizamentos de terras.

Além de pessoas desabrigadas, entre eles crianças, idosos e mulheres grávidas, que têm a necessidade de buscar abrigo em casas de vizinhos e parentes.


O drama que vive 14 famílias da Rua Arthur Vargas, altura do número 103, em Piedade, Zona Norte do Rio, que tiveram suas casas interditadas pela Defesa Civil, após o deslizamento de terra, decorrente das chuvas fortes, na sexta-feira, se agravou com o rápido temporal do último domingo.

Com o risco de novos desabamentos, a ordem da Geo-Rio, que esteve no local ontem, foi deixar as casas. Mas, as famílias não tiveram tempo para buscar os seus pertences e saíram somente com a roupa do corpo.

A moradora Inglis Cristina Farias, de 25 anos, promotora de vendas, conta que minutos antes de acontecer o deslizamento, ela saiu com o filho para comprar material para o aniversário dele, que foi no mesmo dia do incidente.

— A estrutura da casa está muito abalada e não tem como entrar para buscar nada, pois ainda existe o risco de desabar. Eu estava abrigada na casa da minha mãe, que agora também está interditada. O patinete do meu filho ficou soterrado — relatou ela.

Uma lona plástica foi colocada no local em cima de algumas casas. A metade de uma escada que dá acesso a algumas residências, já desabou e o que restou está com rachaduras. Os moradores cobram uma solução das autoridades para fazer as obras no local, pois com novos temporais os riscos aumentam.

— Nós pagamos IPTU, é de responsabilidade do Estado fazer as obras de melhoria na região. As famílias que moram aqui, não têm condições de manter essas obras. O governo não pode nos deixar — desabafou Miriam Ângela, de 55 anos, que mora a 22 anos no local e acrescenta que com as casas interditadas durante o dia, junto com outros moradores, fica na rua e a noite para dormir montam algumas barracas ou vão para casa de vizinhos.

Em nota divulgada pela Assessoria da Geo-Rio, informa que a Secretaria Municipal de Obras, estuda a causa da erosão do solo, que acabou soterrando casas na via.

De acordo com a Defesa Civil do Município, algumas moradias foram interditadas emergencialmente e uma lona plástica foi colocada para proteção do talude. Técnicos da Geo-Rio farão um laudo sobre o deslizamento da encosta para, posteriormente, elaborar orçamento para obra de contenção no local.

Segundo com o órgão, nenhuma ocorrência desta gravidade foi registrada no Município do Rio, podendo, portanto, a causa do deslizamento não ter sido apenas a chuva.

Duas pessoas ficaram feridas após a varada de uma casa desabar, na manhã de ontem, na Rua Barão de Teresópolis, número 82, no bairro Santa Helena, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

O acidente aconteceu por volta das 9h da manhã. Segundo os bombeiros, quando uma equipe do quartel de São João de Meriti chegou ao local do acidente, as vítimas já tinham sido socorridas e levadas por vizinhos para um hospital da região.

Mais de 120 chamados

A Defesa Civil da Prefeitura do Rio, órgão da Secretaria Municipal de Governo recebeu, desde domingo até às 17h 30 de ontem, 128 chamados.

As ocorrências com maior incidência foram para queda de árvores, de reboco, ameaça de queda de muro de contenção, imóvel com infiltrações e ameaça de deslizamento de encosta. Os bairros com o maior número de solicitações foram Realengo, Marechal Hermes, Lins de Vasconcelos, Jacarepaguá e Bangu.

A Defesa Civil Municipal permanece em 'estado de atenção' e mantém todo o seu efetivo de plantão 24 horas. Para atendimento em casos de emergências ou solicitações, o órgão coloca à disposição da população o telefone gratuito 199.


Jornal Povo do Rio
12/01/2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Polícia Federal descarta roubo comum na Petrobras

Bruno Gonzalez
Em coletiva realizada na manhã de ontem, o superintendente da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, afirmou que houve falha na segurança do contêiner que transportava os notebooks da Petrobras.Que foram furtados com informações sigilosas da estatal, no mês passado.

Na entrevista, ele ainda descartou a hipótese de roubo comum, já que outros equipamentos de valor não foram levados.

— O esquema de segurança era bastante falho. Para um escritório normal, a segurança era adequada, mas com informações importantes, ela se tornou inadequada. Somente as investigações vão apontar de quem é a responsabilidade da segurança. Muitos funcionários tinham acesso ao local do crime — explicou.

Segundo Valdinho, em um roubo comum se leva o computador inteiro e não só o HD, o que os levou a descartar essa hipótese. Foi contabilizado o furto de quatro computadores e dois HDs, com informações privilegiadas de uma sonda da Bacia de Santos, sobre a exploração de petróleo no local.

A PF em suas investigações fará o percurso do contêiner-escritório, desde a Bacia de Santos, a passagem pelo Rio de Janeiro, até a chegada em Macaé. Além disso, serão coletados depoimentos e verificadas as empresas que teriam interesses nessas informações.

Desta maneira as autoridades esperam encontrar os autores do crime. Nove pessoas já foram ouvidas e outras 15 foram intimadas a prestarem depoimentos.
O contêiner saiu da Bacia de Santos, em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro, mas só chegou no dia 25. Depois, no dia 30, chegou a Macaé. No dia seguinte, um funcionário identificou o furto.

—Com o local do crime já modificado, nosso trabalho de perícia foi dificultado. Um instrumento que poderia nos ajudar nas investigações foi retirado — disse Valdinho.


Jornal Povo do Rio
20/02/2008


MP prende quadrilha de fraudadores

A Operação Uniforme Fantasma, deflagrada pelo Ministério Público (MP) com o apoio de policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), na madrugada de ontem, em 17 municípios do Rio de Janeiro, terminou
com a prisão de 19 pessoas. Vítor Silva

O objetivo da ação era desarticular quadrilhas que fraudavam licitação e desviavam verbas públicas nas prefeituras de Magé, Angra dos Reis, Santo Antônio de Pádua, Japeri, Paraíba do Sul, Rio Bonito e Porciúncula. O rombo nos cofres públicos está estimado em 100 milhões.

A Vara Criminal de Magé expediu 28 mandados de prisão temporária e 60 de busca e apreensões e, de acordo procurador-geral do MP Marfan Vieira, os crimes investigados eram formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato e alguns contra a Lei da Licitações.

- Com o aprofundamento das investigações, descobrimos que haviam outras ramificações da quadrilha, atuando em 17 municípios. Assim, a operação ganhou uma dimensão maior.

O esquema envolve fundamentalmente servidores públicos, secretários municipais, órgãos não governamentais, contadores e empresários. Todos tiveram mandados de prisão expedidos, inclusive o exprefeito de Magé Chalés Cozzolino - disse Marfan.

Entre os presos está também Renata Tuller, ex-secretária Municipal de Ação Social de Magé, que foi encontrada pelos agentes em casa, no distrito de Fragoso. Os policiais apreenderam com ela computadores e documentos.
Tuller comandava o esquema de fraudes na folha de pagamento da Secretária de Ação Social, utilizando funcionários fantasmas.

Nove pessoas ainda estão sendo procuradas

Em Guapimirim, os policiais prenderam, em casa, a empresária Patrícia Gonçalves. Lá os agentes encontraram R$ 200 mil em dinheiro. Nove pessoas ainda estão foragidas, entre elas o exprefeito de Magé, Chales Cazzolino, além de Fábio Domingues de Souza, vulgo "Fabinho", da Secretaria Municipal de Educação de Magé; Núbia Faustino Chaves, vulgo "Nubinha";

Integrante da comissão de licitação da Prefeitura Municipal de Magé; Nucia Cozzolino Bergara, secretária de Fazenda de Magé; a advogada Enilda de Oliveira da Fonseca Uchoa de Alcântara; Carmem Lúcia Kleinsorgen de Souza Motta, secretária municipal de Meio Ambiente de Rio Bonito.

—Foram dez meses de investigação com base de informações encaminhadas ao MP pelo Ministério da Fazenda, noticiando a existência de movimentações financeiras muito elevadas, que consistiam na emissão de cheques pela prefeitura de Magé. O fato estava ligado a licitações de uniformes escolares que não eram entregues — disse Marfan. Uma funcionária dessa empresa acusou, em depoimento, o prefeito de Iperibé e a prefeita de Magé de fraude.


Jornal Povo do Rio
25/01/2008